quarta-feira, 13 de março de 2013

O ABRAÇO

Ontem a professora do Lucca veio conversar comigo, sobre algo que aconteceu durante o dia. Disse que "eles" (crianças entre 4 e 5 anos) estão com a sexualidade...(não completou a frase). Então disse que o Lucca estava abraçando o amigo e que que ela tratou naturalmente, que eu deveria tratar também naturalmente. Que ela conversou e disse que não podia, que só mais "tarde"...Pense numa conversa confusa, de uma professora perdida, cheia de cuidados ao falar, uma menina nova e tão despreparada para algumas situações. Fiquei com pena, mas achei até engraçado!
Expliquei que o Lucca era uma criança de toque. Muito carinhoso, puxou ao avô. Que ele demonstra alegria, segurança e satisfação através do toque, do abraço, do beijo, da "luta", empurrões, enfim, ele precisa tocar. Que não se preocupasse, mas que poderia falar comigo se houvesse exageros.
Fiquei com pena dessa moça, com seus vinte e poucos anos, tão confusa sobre esses assuntos que hoje estão tão em pauta. Homosexualidade, homofobia, pode abraçar o amigo ou não pode? Existe malícia na cabeça de uma criança de 4 anos ou na dela? O que se pode falar sem ofender a mãe do aluno? O que não pode falar ou dar a entender?
O homem complica tanto a vida. O que para a criança é tão natural, tão inocente, tão simples, para os adultos já vira um problema! Pode? Não pode?
Devíamos nos tratar como as crianças se tratam. Abraçar quando sentem necessidade, sem se preocupar se vai chocar alguém, ou se pode parecer significar outra coisa. Nossa! Quanta coisa pra pensar, quando o que queríamos era somente abraçar!
Abraçar alivia a tensão, traz conforto, melhora o fluxo sangíneo e é de graça!
Devíamos nos abraçar mais.
Abraçar a família, o vizinho, abraçar o homosexual e o heterosexual. Abraçar homens e mulheres. Abraçar ricos, pobres, velhos e crianças. Abraçar o negro, amarelo, azul e o verde. Abraçar pastores, políticos, médicos ou varredores de rua. Devíamos abraçar e tocar pessoas.
Assim Jesus fazia. ele andava pelas ruas tocando pessoas e sendo tocado por elas.
Chega de tanto julgamento, sobre quem está certo e quem está errado. Se você concorda ou não concorda. Jesus não concordava com o comportamento de todos, pelo contrário, pregava a palavra de Deus, sem concessões, sem jeitinhos, mas se relacionava com todos. Sem preconceito e com um amor infinito!
Ensine seu filho a ser livre. Livre para amar a todos, sem preconceito. Sem se preocupar quem pode ou não abraçar. Ensine a palavra de de Deus e o caminho em que deve seguir, mas ensine amar o próximo como a si mesmo. Não ensine amar somente quem a sociedade acha que "merece" ser amado. Ensine a amar.
Me sinto a vontade com a necessidade do Lucca de abraçar, tocar e ser tocado. Não vou ensinar o contrário, para que ele se transforme mais um homem, preso em preconceitos, preso dentro de si mesmo.
Ame meu filho e demonstre seu amor como quiser. O toque pode curar!

"E, onde quer que entrava, ou em cidade, ou aldeias, ou no campo, apresentavam os enfermos nas praças, e rogavam-lhe que os deixasse tocar ao menos na orla da sua roupa; e todos os que lhe tocavam saravam."
Marcos 6:56
E, onde quer que entrava, ou em cidade, ou aldeias, ou no campo, apresentavam os enfermos nas praças, e rogavam-lhe que os deixasse tocar ao menos na orla da sua roupa; e todos os que lhe tocavam saravam.
Marcos 6:56

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